kung fu teoria aula teorica

O que você precisa saber sobre os estilos de…

Existem muitos estilos de Kung Fu, cada um com suas próprias características distintas e enfoques únicos. Alguns dos principais estilos incluem:

Tai Chi: Este estilo é caracterizado por seus movimentos lentos e graciosos e é frequentemente praticado por idosos ou pessoas que desejam melhorar sua saúde e bem-estar.

Shaolin: Este estilo é um dos mais conhecidos e é conhecido por seus movimentos acrobáticos e explosivos. Ele enfatiza a força, a velocidade e a flexibilidade, além de uma mente disciplinada e focada.

Wushu: Este estilo é frequentemente praticado como uma forma de arte marcial e é conhecido por suas técnicas impressionantes e movimentos acrobáticos.

Hung Gar: Este estilo enfatiza a força e a estabilidade, e é conhecido por suas técnicas poderosas e movimentos de luta.

Louva-a-Deus: Este estilo é baseado nos movimentos do inseto do mesmo nome, que é conhecido por sua agilidade e velocidade em caçar suas presas. Ele enfatiza movimentos rápidos e precisos, bem como a habilidade de se adaptar aos movimentos do oponente.

Cada estilo tem suas próprias características distintas e é importante escolher um que seja adequado para suas próprias preferências e objetivos de treinamento. É um mito que alguns estilos são mais adequados para certas pessoas. O que de fato importa é a escolha de uma escola com um método adequado de ensino, que vá de encontro ao que você busca. Independentemente do estilo escolhido, todos os estilos de Kung Fu enfatizam a importância da disciplina, da concentração e da prática constante para alcançar a excelência.

Tudo e Kung Fu

Tudo é Kung Fu ?

De volta a 2010

No remake de 2010 do filme “Karatê Kid”, onde Mr. Han (Jackie Chan) ensina Kung Fu para Dre Parker (Jaden Smith)…sim, eu sei que o nome do filme não tem relação nenhuma com a arte marcial do filme…mas esse não o ponto deste texto!

Então…durante suas aulas da Arte, Jackie Chan diz que “tudo é Kung Fu”.

Mas é “tudo” mesmo? A preguiça é? A inveja também é? E a intolerância…é? Ou será que estas três coisas não são o “tudo”?

Kung Fu é muito mais do que uma única Arte Marcial

Antes de continuarmos nesta linha, temos algumas coisas são de fato Kung Fu mas as pessoas no Ocidente não veem assim…O Tai Chi Chuan é. Por mais que os movimento sejam lentos e serenos, o Tai Chi não deixa de exigir prática, dedicação e foco.

Dança do Leão é outro exemplo. Ela também exige prática, dedicação e foco.

Estudar também é. Ela exige…bem, você já entendeu, certo?

Conduzindo Mr. Han

Agora de volta à frase do filme. Como “tudo” é muita coisa, eu digo para meus alunos uma versão um pouco mais acabada dessa frase:

“Tudo é Kung Fu, mas não é qualquer coisa que é Kung Fu.”

Agora todas as peças se encaixaram!

O “tudo” é representado por aquilo que nos faz ir além da nossa zona de conforto. Aquilo que nos desenvolve, aquilo que nos imprime a dar um passo adiante em nossa jornada de aprendizado e evolução como ser humano.

Nosso mundo é composto por muitas coisas. E não é qualquer coisa destas que os ajudam na jornada. Mas tudo aquilo que nos movimenta à frente é importante e, portanto, é Kung Fu.

E para você? O que é o “tudo” e o que é “qualquer coisa” em sua vida?

Mecanismo atividade física Kung Fu Tai Chi Chuan

Você contra o Mecanismo

Aptidão natural ou Condicionamento?

Eu tenho diversos alunos em idade escolar por aqui. Uma constante que vejo entre eles, sejam alunos da rede pública, sejam alunos da rede particular é que eles não gostam de certas aulas. Mesmo o pessoal que já deixou a escola ainda guarda memórias dessas preferências. Efeitos de um Mecanismo antigo e resiliente.

Isso é bastante comum. Todos nós temos aptidões naturais e enquanto uns gostam mais de Matemática, outros preferem História. É bom que seja assim…uma sociedade verdadeiramente diversa não tem apenas matemáticos e nenhum historiador ou só historiadores e nenhum matemático.

Mas há um ponto comum entre os alunos entusiastas de qualquer matéria: raramente alguém gosta da aula de Educação Física. Após uma certa idade, essa aula em muitas escolas se resume em uma bola de futebol para os meninos e uma bola de vôlei para as meninas.

Claro, as meninas que preferirem jogar futebol podem e os meninos que optarem pelo vôlei também podem. Mas é isso.

Os alunos não são ensinados a entender que, independente da crença que se tenha, você vai morar no seu corpo até o dia em que morrer. Então, é bom cuidar dele e conservá-lo da melhor forma possível.

E não é culpa do professor ou da professora de Educação Física. Este profissional sabe da importância da atividade física e sua vida gira em torno disso. Mas ele é apenas uma engrenagem de um Mecanismo muito, muito maior.

Descubra o Mecanismo

Este mesmo Mecanismo que te ensina que o cuidado com o corpo é menos relevante do que os estudos. Depois te diz que agora que você estudou deve trabalhar duro por muito anos, sem tempo para cuidar da “casa” que está habitando.

Tudo isso para que este mesmo Mecanismo tenha um médico no futuro te dizendo que você foi negligente com o corpo e agora é hora de pagar o preço, se privando de fazer certas coisas ou precisando de medicações para acompanhá-lo pelo restante de vida que terá.

E como enfrentar essa Mecanismo?

Enfrente o Mecanismo

A alienação pode ser em massa. Mas o despertar sempre é individual.

Cabe a cada um tomar consciência que ele deve buscar o seu desenvolvimento físico. Ainda que não seja para ser um atleta de elite em uma determinada modalidade. Ainda que seja “apenas” para cuidar da saúde. Essa consciência de auto cuidado pode acontecer em diferentes momentos da vida.

Algumas crianças contam com pais que os direcionam para esta consciência desde muito novos. Outros podem ter a oportunidade de se conscientizar na adolescência, apesar da sabotagem que o Mecanismo oferece silenciosamente e continuamente. Mas vale notar que há escolas públicas e privadas aqui que tem o mérito de ajudar os alunos nesta descoberta.

Já outros poderão ter a consciência apenas na fase adulta ou ainda mais à frente, talvez quando o Mecanismo se fizer presente na figura de um médico que lhe dá o veredito de fazer atividade física ou sofrer as consequências.

Como eu sempre digo: cada um tem uma jornada. E nessa jornada, cuidar do corpo em que você habita ajuda a tornar a jornada mais agradável.

Conclusão

Se você chegou até aqui, talvez você espere que eu vá falar que as pessoas deveriam procurar o Kung Fu ou o Tai Chi, já que meu trabalho é ensinar estas artes. Mas não é isso que eu quero dizer aqui.

Só quero dizer: faça uma atividade física que faça sentido para você. Se você acha que é o Kung Fu ou o Tai Chi, me avise e vamos conversar mais sobre isso. Mas se não faz sentido para você, tá tudo bem. Só não deixe de se movimentar. Tem todo um Mecanismo jogando contra você e você não precisa deixar o trabalho dele mais fácil.

E não esqueça de nos acompanhar no nosso canal do YouTube! Sempre teremos conteúdos interessantes por lá!

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Aulas Teóricas: História e Mitos no Kung Fu

Kung Fu também é para treinar a mente! Chegaram as Aulas Teóricas.

Agora na Wu Wen Kung Fu você pode ter acesso as Aulas Teóricas já ministradas pelo Shifu Danillo!

Em nosso plataforma online própria, já está disponível a aula “História e os Mitos do Kung Fu”.

O Kung Fu começou mesmo em Shaolin? Mulan foi a maior heroína da China?

Nesta aula vamos ver como a história e os mitos moldaram a visão atual do Kung Fu. Vamos visitar momentos importantes do Kung Fu e observar o que a história conta e o que os mitos contam. E mais: vamos entender como os mitos se reinventam de acordo com a época, usando um exemplo bem famoso do cinema atual.

Clique aqui para ter acesso a esta aula.

Se você gosta do assunto e quer saber mais sobre, não esqueça de se inscrever no nosso canal do YouTube. Saiba mais sobre a Arte que você pratica!

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Tai Chi Chuan e Wu Wei: Agir sem agir

Conceito e Tai Chi Chuan

Há um conceito no Taoísmo, que muitas vezes aparece na prática do Tai Chi Chuan chamado Wu Wei.

Wu Wei (無為) é explicado por Lao Tzu como “não ação” ou “agir sem agir” e tem uma proposta muito interessante.

Em essência, fazer uso do Wu Wei significa não fazer nada artificial, forçado ou que não esteja de acordo com o fluxo de acontecimentos do Universo e de acordo com a sua natureza.

Aparentemente simples, o Wu Wei tem dois pontos que acho importante dividir com você, da forma que eu o vejo.

Zeca Pagodinho x Lao Tzu

Primeira coisa: “agir sem agir” não é a forma chinesa de cantar a famosa música do Zeca Pagodinho. Não significa “deixa a vida me levar”.

Enquanto o “deixa a vida me levar” significa ser passivo no processo, ou seja, você literalmente não precisa fazer nada, apenas deixar rolar. Já o “agir sem agir” é mais ativo.

Por mais que nele você também deva seguir o fluxo das coisas, é preciso enxergar qual é o fluxo das tais coisas, ou seja, você deve ser capaz de ver como o Universo age, o que nem sempre é simples quando lidamos com questões delicadas e complexas.

Um exemplo prático para o Tai Chi Chuan

Por exemplo: se você está tomando sorvete e deixa-o cair no chão. Você precisa entender que a gravidade agiu e que sua falta de equilíbrio também agiu.

Quanto a gravidade, você nada pode fazer, então você aceita o fluxo das coisas. Já o seu equilíbrio pode ser aprimorado, então você me procura para começar a treinar o Kung Fu ou o Tai Chi Chuan.

Assim, você praticou uma “não ação” contra a gravidade e agiu onde você poderia mudar a natureza das coisas, que é na sua própria habilidade de se equilibrar e equilibrar objetos.

Ainda usando o exemplo de que vc foi treinar para melhorar seu equilíbrio, vamos falar do segundo ponto que podemos usar o Wu Wei, a “não ação”.

Uma coisa de cada vez

Você começou a treinar, excelente. Aí você aproveita e se programa para treinar 3 vezes por semana de manhã cedinho. Já que você vai começar a treinar, por que não amarrar ele com o “acordar cedo”, outro bom hábito que você sabe que precisa desenvolver, não é?

Esse é um dos maiores erros que você pode fazer. Se você naturalmente é uma pessoa mais noturna ou ainda não tem o hábito de acordar cedo, amarrar o treino de Kung Fu ou Tai Chi com o ato de acordar cedo provavelmente vai te fazer não acordar cedo e ainda desistir de treinar.

Por quê isso acontece? Primeiro, no Wu Wei você não deveria fazer nada que não esteja de acordo com a sua natureza. Se você uma pessoa que precisa melhorar o equilíbrio e que costuma acordar tarde, trabalhar estas duas coisas juntas pode ser muito mais difícil do que trabalhar uma delas de cada vez.

Dentro de você há a capacidade inata de acordar cedo e ter um bom Kung Fu ou um bom Tai Chi. Como no símbolo do Tai Chi, há uma semente de Yang onde você é mais Yin e uma semente de Yin onde você é mais Yang. Mas cuidar de duas sementes ao mesmo tempo pode fazer você não dar o tratamento adequado para as duas e com sua atenção dividida as duas sementes podem não florescer.

Assim, primeiro você começa a treinar, no horário que for mais fácil para você criar o hábito de treinar. Depois que você deixou este hábito forte, e colheu já alguns resultados, você pode cuidar da segunda mudança que deseja fazer.

Agir sem agir dá trabalho…

Mas você poderia me dizer: “poxa, mas tem que fazer muita coisa nessa história de ‘não ação’, né?”

Sim! Porque a “não ação” não é não fazer nada! Novamente: é não agir no sentido contrário ao fluxo natural das coisas e de você mesmo. Às vezes, redirecionar esse fluxo natural é impossível, como no caso da gravidade que falamos no começo. Às vezes é trabalhoso como treinar Kung Fu ou Tai Chi Chuan. O importante que eu quero te deixar aqui é que devemos usar o conceito de Wu Wei para transformar o trabalhoso em algo mais simples possível.

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A biblioteca de Bruce Lee

Que a figura de Bruce Lee é uma das mais emblemáticas das artes marciais e quem quer que treine Kung Fu já ouviu, viu ou leu algo dele todo mundo meio que já sabe.

Que existem polêmicas e mistério em torno dele também é algo que se fala. Muitas vezes os detratores salientam essas coisas e muitas vezes os fãs mais fervorosos se negam a considerar essas acusações.

Mas tem algo que quase ninguém fala. Algo que Bruce Lee fez e que você e eu podemos começar a fazer a qualquer hora, em qualquer lugar. Algo que, se fizermos bem feito, pode nos aproximar, ainda que um pouco, do mais famoso praticante de Kung Fu do século XX.

Não, não estou falando do soco de uma polegada ou de subirmos aos palcos para atuar. Nem de participar de eventos ou combates, ainda que você treine Kung Fu também para isso. Algo mais simples: ler e estudar.

O guerreiro estudioso

Pouco se fala sobre isso, mas Bruce Lee era uma pessoa que gostava de ler e lia tudo o que o ajudaria a se desenvolver como pessoa e que poderia ajudar no desenvolvimento do seu Kung Fu.

E não estamos falando aqui de ler apenas livros relacionados com artes marciais. Claro, isso não poderia faltar para alguém como Bruce Lee. Mas ele foi muito, muito além: podemos encontrar São Tomás de Aquino ao lado de Confúcio. Napoleon Hill caminhando ombro a ombro com Joseph Campbell.

Abaixo a lista de livros da biblioteca de Bruce Lee. Uma excelente recomendação de leitura para quem realmente quer conhecer um pouco mais sobre ele e o que ajudou a formar seu modo de pensar.

Filosofia Ocidental

Suma Teológica Completa – São Tomás De Aquino
Investigação sobre o Entendimento Humano – David Hume
Meditações sobre Filosofia Primeira – Rene Descartes
Presente e Futuro – Carl Jung
Tornar-se Pessoa – Carl Rogers
Obras de Bertrand Russell
Obras de Platão
Oráculo manual e arte de prudência – Baltasar Gracian
O Herói de Mil Faces – Joseph Campbell (e outros títulos de Campbell)
Ética – Benedito Spinoza
Máximas e reflexões – Johann Wolfgang van Goethe

Filosofia Oriental

Obras de Jiddu Krishnamurti
Tao-Te-Ching – Lao-Tzu
A Via de Chuang-Tzu – Thomas Merton
O Livro dos Cinco Anéis – Miyamoto Musashi
Obras de Alan Watts
Os Analectos – Confúcio
A Arte da Guerra – Sun Tzu
Bushido: Alma de Samurai – Nitobe Inazo
Sidarta – Herman Hesse (e outros títulos do mesmo autor)
O Zen Budismo – Christmas Humphreys (a vários outros relacionados ao Budismo)
Os Clássicos Chineses – James Legge (todos publicados pelo autor)
Living Zen – Robert Linssen (e vários outros relacionados ao Zen)

Artes Marciais/Esgrima/Boxe

On Fencing – Aldo Nadi (e mais de 60 livros sobre esgrima e teoria da esgrima)
Aikido: The Art of Self-Defense – Ko„ichi Tohei
Advanced Karate by Masutatsu Oyama (e muitos outros títulos de Oyama)
A Beginner’s Book of Gymnastics – Barry Johnson
Championship Fighting – Jack Dempsey
Book of Boxing and Bodybuilding – Rocky Marciano
How to Box – Joe Louis
Manual de Box do Exército Americano
Efficiency of Human Movement – Marion Ruth Broer
Physiology of Exercise – Laurence Morehouse
Wing Chun – James Lee
Acupuntura: a Arte Chinesa de Curar – Felix Mann
Esquire’s The Art of Keeping Fit
Treinamento de Combate para o Soldado do Exército Americano
Modern Bodybuilding – Oscar Heidenstam

Auto-ajuda

O Poder do Pensamento Positivo – Norman Vincent Peale (e vários outros livros de Peale)
Pense e Enriqueça – Napoleon Hill
Dynamic Thinking – Melvin Powers
A Mágica de Pensar Grande – David Schwartz
O Homem é Aquilo que Ele Pensa – James Allen
The Success System That Never Fails – Clement Stone
Como Fazer Amigos e Influenciar Pessoas – Dale Carnegie
Do Fracasso ao Sucesso em Vendas – Frank Bettger

Diversos

Elements of Style – Strunk and White
Playboy’s Party Jokes & More Playboy’s Party Jokes
O emblema vermelho da coragem – Stephen Crane
Cartas de um Diabo ao seu aprendiz – CS Lewis
A História da Civilização – Will Durant (os 11 volumes!)
The Viking Book of Aphorisms – Louis Kronenberger e W. H. Auden
Obras de Shakespeare

Conclusão: treine Kung Fu mental também!

Pouco conhecida em nosso país, essa lista oferece mais uma forma de trilhar os passos de um gênio de sua época e um dos maiores de todos os tempos. Quem quer que treine Kung Fu pode aprender algo com ela e com a postura do Pequeno Dragão. Mais do que “apenas” treinar Kung Fu, Bruce Lee nos deixa o legado de que também precisamos treinar a mente. E não esqueça de conferir o que nossos alunos tem falado a respeito de nossa escola, clicando aqui.

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3 Livros para treinar Tai Chi Chuan

Para quem quer treinar Kung Fu ou Tai Chi Chuan, que é o foco do trabalho de nossa escola, é importante dizer algo.

Nossa escola é uma das pioneiras no formato híbrido, onde temos alunos que treinam apenas presencialmente em nosso espaço, alunos que fazem aulas presenciais e online (ao vivo e gravadas) e alunos que só fazem aulas online.

Neste momento temos alunos em diversas cidades de MG (dentro e fora da Grande BH) e também em SP graças a este sistema.

Você pode ver mais da nossa escola no nosso site e um pouco da forma que eu abordo a arte marcial, tanto o Kung Fu como o Tai Chi no nosso canal do YouTube.

Treinar Tai Chi do digital e do físico

Apesar de toda a tecnologia disponível, recebo ocasionalmente dos alunos e de seguidores, pedidos de indicação de livros sobre artes marciais. Algo que possa complementar o estudo, seja de quem treine Kung Fu, seja de quem treine Tai Chi Chuan.

Neste post ofereço 3 sugestões de livros sobre Tai Chi Chuan:

1- “Tao Te King” de Lao Tzu (tradução de Richard Wilhelm)
Por mais que não seja um livro de Tai Chi ou Chi Kung especificamente, entender os fundamentos do Taoísmo pode ser útil para entender a forma de pensar que os chineses usaram para desenvolver a Arte.

2- “O livro completo do Tai Chi Chuan” de Wong Kiew Kit
Apesar de não ser completo, como o nome diz, ele é bem abrangente e num nível básico procura conectar aspectos da Medicina Tradicional Chinesa (MTC) e Chi Kung com o Tai Chi.

3- “Tai Chi Chuan – Estilo Yang Tradicional” de Chan Kowk Wai
Comentei alguns tópicos sobre esta obra no nosso Instagram. O que gostei deste livro é que ele é pensando nas pessoas que falam português, então ele usa uma linguagem bem clara e explica bem quando relacionar e quando separar as práticas de Chi Kung com o Tai Chi.

Os links acima são para o site da Amazon, mas qualquer outro lugar vai servir igualmente.

Conclusão

Ler é um bom hábito. Treinar Kung Fu e treinar Tai Chi Chuan é um bom hábito. Somar dois bons hábitos juntos pode ser uma experiência enriquecedora pois complementa intelectualmente o treino prático. Apenas não esqueça: a teoria e o estudo DEVE andar com a prática!

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Começou a treinar Kung Fu? Veja o passo 2!

É bastante comum que as pessoas comecem a treinar o Kung Fu e adicionem mais hábitos saudáveis na sua rotina. O mais comum é ajustar a alimentação.

E isso é uma ótima ideia. Aliar o ato de treinar do Kung Fu regularmente com bons hábitos alimentares ajuda muito na melhora da condição física e mental de uma pessoa.

Mas há um erro muito comum que eu vejo acontecer aqui na Wu Wen Kung Fu. Uma mudança radical na rotina alimentar que, muitas vezes, leva o aluno a passar mal durante a aula.

Planejamento é a chave!

Isso acontece porque a pessoa não planejou a mudança. Ela apenas saiu de um ponto a outro sem refletir a respeito do processo que envolve comer direito e não mais comer qualquer coisa.

E não estou falando aqui de fazer tudo com a orientação de um nutricionista. É claro que um bom profissional pode ajudar muito nisso. Mas aqui estou falando de pequenas ações que você pode fazer antes de buscar a ajuda de um especialista.

A medida mais simples e fácil que você deveria fazer, quando for ajustar sua alimentação, é descobrir quantas calorias você come por dia e qual sua distribuição entre os 3 macronutrientes. Isso significa descobrir as calorias diárias totais que você come e quanto disso é carboidratos, quanto é proteína e quanto é gordura.

Apenas sabendo isso você já consegue descobrir por onde começar mudanças do jeito certo. A coisa mais comum é as pessoas descobrirem que não comem proteína o suficiente, que deveria ser algo entre 1 e 2 gramas por quilo corporal para homens e 0,8 e 1,6 gramas por quilo corporal para mulheres.

Para isso eu recomendo que você use um aplicativo de registro de refeições. Existem vários na sua loja de aplicativos e é só escolher um deles e começar a usar! (sugestão para Android aqui)

Após uma semana de uso rotineiro do app, você saberá por onde deve começar a mudança na alimentação. O que precisa sair e o que precisa entrar.

E aí, para ver mais detalhes e opções, procure um nutricionista!

O que podemos aprender do caso dela?

A situação

A ginasta norte americana Simone Biles tomou uma decisão na reta final das competições das Olimpíadas de Tokyo: ela decidiu abandonar a competição por decidir priorizar sua saúde mental e emocional.

Ela não é uma qualquer. Ela é uma das ginastas mais bem sucedidas e um dos destaques das Olimpíadas anteriores, no Rio de Janeiro.

Rapidamente o público em geral parece ter tomado dois, e apenas dois lados: um lado foi totalmente favorável à decisão da atleta, que serviu como um alerta para a importância de se cuidar da saúde mental e emocional.

Em oposição, uma parte do público a classificou como fraca, que ela “amarelou” quando não deveria, já que ela é uma profissional e estava ali justamente para fazer o que se esperava dela.

Entenda-se que isso inclui o público, fãs, a comissão esportiva de seu país e patrocinadores.

O que se perdeu

A verdade é que é muito fácil julgar o outro. Para nós, do lado de cá do mundo, é simples rotular a decisão dela de certa ou errada. Mas nós não sabemos o que se passou na cabeça e no coração dela para essa decisão, sabemos?

E mais importante: as pessoas parece que se concentraram em ser contra ou a favor e perderam o mais importante: a oportunidade de olhar para si mesmas com base na situação que Biles nos ofereceu.

Quais são as coisas que, como ela, deveríamos desistir de fazer? Abrir mão de fazer algo, mesmo que sejamos bons naquilo e mesmo que nos traga resultados e atenda a expectativa que as pessoas tem de nós?

E quais são as coisas que devemos insistir e ter Determinação e Persistência, apesar de tudo? Se formos esperar estarmos com tudo 100% para fazer algo, nunca faremos muita coisa na vida. Então é sensato saber que precisaremos seguir em frente, mesmo quando não queremos.

A pergunta que muita gente não se fez, ao ver o caso de Simone é: em qual momento da minha vida eu deveria fazer como ela e em qual momento eu deveria fazer o oposto?

E aprender Kung Fu tem uma relação direta com isso: ao aprender uma técnica precisamos nos lembrar de desistir de um erro, mesmo quando parece ser a forma mais natural de fazer o movimento e, ao mesmo tempo, lembrar que devemos ter Persistência para executar a técnica da maneira correta e com a qualidade necessária.

Para saber mais

Acompanhe nossos vídeos pelo YouTube aqui. E para aprender Kung Fu no escola pioneiro no sistema híbrido de ensino, é só clicar aqui e falar com a gente!

Como não desistir da academia e como o Kung Fu pode ajudar

Como parar de desistir da academia?

Vamos começar

Eu poderia começar falando de academia de Kung Fu…afinal, é meu trabalho. Mas vamos dar uma olhada no cenário maior antes? Afinal, há muito mais pessoas em academias normais do que em academias e escolas de Kung Fu.

Se você está procurando uma resposta pronta sobre como ficar magicamente engajado com uma atividade física, melhor procurar, por exemplo, um influencer que te entregue algo pronto e gratuito que não serve pra nada e depois vão te vender algo que vc conseguiria fazer sozinho. Desculpe a franqueza.

Mas se você está procurando a real, continue comigo. Mas esclareço que não vai ser fácil. Se fosse, você estaria procurando a resposta na internet?

Academia pra quê?

Cristiano Ronaldo faz academia. Neymar faz academia. Alonso faz academia. Lewis Hamilton faz academia.

Te pergunto: algum deles faz academia por que querem fazer academia?

Não.

Eles fazem a academia porque precisam do resultado dali para algo MAIOR que a academia em si. A “coisa” deles, no caso, é futebol. É a F-1. Eles não fazem a academia pela academia.

Verdade número 1: se você desiste da academia é porque você faz a academia pela academia.

Solução: Descubra como a academia vai te beneficiar no SEU jogo. Em outras palavras, o que você quer tirar da academia? Ser uma mãe melhor? Ser um profissional mais impressionante? Se você não vê uma transformação sua para alguém melhor, você vai desistir mesmo. Eu desistiria.

Você está escutando?

Vamos ao segundo ponto. Questão simples: o que você escuta (ou escutava) na academia? Um podcast? Músicas que você gosta? A rádio da academia?

E se eu te disser que isso tem a mesma utilidade de florais contra um câncer terminal?

Sinto muito (mas nem tanto) ser direto. Na verdade e acima de tudo procuramos escutar alguma coisa na academia pelo simples fato que tentamos ocupar nossa cabeça enquanto o corpo faz alguma outra coisa. Somente os fisiculturistas profissionais conseguem treinar e manter o cérebro 100% focado no que o corpo faz repetidamente e, mesmo eles, podem ser vistos com fones de ouvido vez ou outra.

E o que resta para nós, pessoas normais? Certamente fones de ouvido para entreter uma mente que não está se esforçando nada para fazer academia.

Verdade número 2: se sua mente não for estimulada no seu treino, você vai desistir.

Solução: descubra como estimular sua mente. “Cada cabeça, uma sentença.” Você tem que descobrir como a sua funciona.

Vamos falar sobre você

Para fechar, vamos falar de algo delicado: timidez e vergonha.

Por exemplo, você já reparou na quantidade de pessoas nas academias que poderiam ser dublês do Capitão América ou da Viúva Negra? Um monte de cara bombado ou magros e definidos e a gente aí com gordura pra perder. As meninas de top e bermuda colada e você preocupada se a camisa larga vai esconder as partes que quer trabalhar…

Eu sei, parece uma selva, para ser bem claro.

Gostaria de poder te dizer o que fazer com sua cabeça, mas não posso. Procure um terapeuta.

Mas o que eu posso dizer é uma frase que gosto muito: todo homem e toda mulher é uma estrela. Você pode ser uma super nova ou uma anã branca (trocadilhos nerds intencionais). Isso não te faz menos estrela e, assim como toda a galáxia, você está aqui para lapidar sua luz. Se quer perder massa, vá e a incinere. Se quer ganhar massa, vá usar sua gravidade para isso. Tenho certeza que você entendeu a analogia, mesmo se não for muito fã de astronomia.

E sobre as outras estrelas da galáxia: dane-se elas. Elas não andam com seus sapatos e não sabem nada do que você enfrenta. Foque em você e no seu.

Claro, se você achar um lugar onde o ambiente seja respeitoso com as diferenças e isento de julgamentos, melhor. Ambientes assim favorecem a mudança individual.

Verdade número 3: se você ficar se comparando e se julgando com base nos outros, vai desistir da academia (de qualquer coisa, inclusive de Kung Fu).

Solução: foque na pessoa mais importante da sala e, para ajudar, ache um lugar que tenha um ambiente favorável as diferenças.

Para fechar com Kung Fu e na escola da velha Apple

Se você quer parar de desistir da academia, ficam aí minhas dicas sobre isso. “E mais uma coisa” como diria Steve Jobs:

Talvez o problema seja mais simples do que você pensa: academia não é para você. Por isso não posso deixar de vender meu peixe.

Algumas pessoas precisam de uma atividade que lhes dê a sensação de progresso, de sentido e de evolução pessoal. Precisam de uma atividade que traga estímulo e equilíbrio para o corpo e também para a mente, tão massacrada nos dias de hoje come estímulos de telas e telas sem fim. E, por fim, uma atividade que possam se expressar sem serem julgadas nos seus desafios, que podem incluir perder algum peso ou terem mais agilidade.

Se este for o seu caso, procure uma academia ou escola de Kung Fu. Kung Fu de verdade, não as piadas prontas de Kung Fu Panda ou os malabarismos em vídeo que você recebe no Whatsapp. Um Kung Fu que de fato agregue valor para sua vida e te ajuda nos SEUS desafios.

Concluindo, se você está na Grande BH, só procurar a gente aqui. Se você não está na Grande BH, é só procurar no Google por “Kung Fu” mais o nome da sua cidade. Mas se você não tiver Kung Fu na sua cidade ou o que tem por aí não te atende, nos mande uma mensagem também. Talvez tenhamos algo que pode te ajudar.